domingo, 27 de junho de 2010

Tijolo por tijolo


Estou me considerando podre.
Alguém dotado de um pateticismo interno. Maldita (ou bendita?) condição humana: nada em mim me interessa (?). Uns blocos da gente parecem mais punições do que, de fato vida, e é isso que me incomoda: onde foi que eu deixei a fé? Eu tinha certeza de que estava por aqui... mas onde foi que eu deixei?
Sentado e fadado, apoiando a cabeça com o meu pescoço, apoiado por meus ombros morrendo de medo que a simetria se desmanche, exerço o grande dom humano de ponderar. Mais que isso: Exerço o grande dom humanóide de ponderar no vazio.
Afinal... em que hei de pensar?
Em como as minhas rugas estão latentes e quando tocando a superfície de minha epiderme? Pensar em como admiro minha bagunça interna por ser milimetricamente posicionada e mesmo assim não deixam-na de dar o nome de bagunça? Em como eu tenho uma urgência de ser feliz, que se transforma no erro de ser feliz? Em como eu exponho meus defeitos me tornando vulnerável à picada de insetos?
...
Sabe o que acontece aqui? É que a vida me deu o incrível presente da desconstrução.
E me considerarei feliz por isso!

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